Jornal Tabaré # 5 (set/2011)

Ilustração feita para a edição # do Jornal Tabaré, com texto de Matheus Chaparini:

Proclamação da República Rio-grandense

EXCLUSIVO! Tabaré tem acesso à carta de um soldado da primeira brigada do exército
liberal, revelando detalhes sobre a proclamação da República Rio-grandense

Bagé, 11 de Setembro de 1836
Imagem


Fue muy linda a peleia, china mía! Pechamo os esclavos del império no Seival e eram três vez mais que nós. O coronel Netto ordenou: não quero ouvirum só tiro, acabamos com isso a lança e espada.
Os cariocas recuaram pruma coxilha e puseram a infantaria entre duas alas de cavaleiros. Na hora certa, desviamos pela esquerda, demos a volta na cavalaria e pegamos os atiradores por detrás. Matamos quase duzentos dos soldados de D. Pedro, fora uns cem presos e mais uns feridos. Tinhas que ver. Que lindeza!

Depois do confronto, todos muy contentes, foi uma grande comemoração. Churrasco de carne gorda e trago de canha à vontade por conta da patronage. O clima era de festa e lá pelas tantas o coronel se passou e foi deitar. Diz que foi o seu Manoel Lucas de Oliveira e mais o seu Joaquim Pedro Soares que tiveram na barraca dele pra le dizer que tomasse as rédea da situação. Disseram que lá por Viamão o Bento ia bem mal das pernas e não durava muito. Sei não, minha prenda… Tenho pra mim que isso inda dá merda. É quebra de hierarquia, se fosse um preto, matavam. Antes do sol sair, o Netto ajuntou as tropas tudo no campo dos Menezes, à margem do Jaguarão. Agora somos um país livre, minha flor! Até queenfim nos livramos do convívio desse povo ao norte. Viva a República Rio-Grandense!

Ps.: Só acho que aquele nosso passeio em
Santa Catarina fica pruma próxima. Mas,bueno, Quintão não é tão mal assim.

edição na íntegra: Jornal Tabaré ed. # 5

mais sobre o jornal:

~ por tieleb em 11/07/2012.

Deixe um comentário